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'Tarifaço' de Trump entra em vigor e derruba bolsas da Europa

Na Ásia, as ações abriram em queda forte, mas se estabilizaram ao longo da madrugada. No fechamento, a China registrava alta e Japão e Coreia do Sul caíram...

'Tarifaço' de Trump entra em vigor e derruba bolsas da Europa
'Tarifaço' de Trump entra em vigor e derruba bolsas da Europa (Foto: Reprodução)

Na Ásia, as ações abriram em queda forte, mas se estabilizaram ao longo da madrugada. No fechamento, a China registrava alta e Japão e Coreia do Sul caíram. Bolsa de valores em Madrid Reuters As principais bolsas de valores da Europa voltaram a operar em queda nesta quarta-feira (9), dia em que passam a valer as tarifas recíprocas individualizadas de Donald Trump. Essas taxas, mais altas, foram impostas aos produtos importados de países com os quais os EUA têm maiores déficits comerciais. Na semana passada, Trump detalhou a tabela de tarifas, que variam de 10% a 50% e foram aplicadas sobre mais de 180 países. A União Europeia recebeu taxas de 20% sobre seus produtos, ao passos que alguns outros países europeus que não participam do bloco, como o Reino Unido, tiveram tarifas menores, de 10%. Por volta das 6h20, o índice Euro Stoxx 50, que reúne as ações das principais empresas europeias, operava em queda de 3,00%. 📉 Veja o desempenho das principais bolsas da Europa por volta das 7h40: 🇩🇪 o DAX, da Alemanha, caía 3,00%; 🇫🇷 o CAC 40, da França, caía 3,11%; 🇬🇧 o FTSE 100, do Reino Unido, caía 3,12%; 🇮🇹 o Itália 40, da Itália, caía 3,19%; 🇪🇸 o IBEX 35, da Espanha, caía 2,80%; 🇳🇱 o AEX, da Holanda, caía 2,92%; 🇨🇭 o SMI, da Suíça, caía 4,89%. Na Ásia, onde os mercados já fecharam, a maioria das bolsas também registrou queda. Entre as quedas, destaque para o Japão, que caiu quase 4%. Por outro lado, a China — que foi retaliada pelos EUA na véspera e já respondeu — teve alta em seus principais índices acionários. 📉 Veja o desempenho das principais bolsas asiáticas no fechamento: 🇨🇳 CSI 1000, da China, subiu 2,21% 🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,68% 🇯🇵 Nikkei 225, do Japão, caiu 3,78% 🇬🇸 Kospi, da Coreia do Sul, caiu 1,74% Junto com as tarifas individualizadas, também passa a valer a taxa de 104% imposta sobre a China, em mais um capítulo da guerra comercial entre as duas potências. A medida foi confirmada na véspera pela Casa Branca, após o país asiático não desistir da retaliação aos EUA dentro do prazo estabelecido pelo presidente Donald Trump — que era até as 13h desta terça-feira (8). A China anunciou, na última sexta-feira, uma resposta ao tarifaço de Trump e retaliou os EUA com taxas de 34% sobre todas as importações americanas — a mesma tarifa que os EUA aplicaram sobre os produtos chineses. Trump não gostou e, embora tenha dito, nesta terça (8), que acredita que a China quer chegar a um acordo, manteve a retaliação de taxar em mais 50% as importações chinesas. A China, por sua vez, disse estar preparada para continuar retaliando e que vai responder, mas que prefere negociar com os EUA. "Os EUA continuam abusando das tarifas para pressionar a China. A China se opõe firmemente a isso e jamais aceitará esse tipo de intimidação", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Internacionais. O Ministério do Comércio ainda reiterou a promessa da terça de continuar revidando até o fim. "A China tem vontade firme e meios abundantes, e contra-atacará resolutamente até o fim", disse um porta-voz. "A China não deseja travar uma guerra comercial, mas o governo chinês jamais ficará de braços cruzados vendo os direitos e interesses legítimos do povo serem prejudicados e violados". China promete lutar até o fim contra tarifas de Trump O mercado nos últimos dias O tarifaço de Donald Trump e as reações dos países atingidos têm movimentado o mercado financeiro, com investidores receosos de que as medidas possam gerar uma guerra comercial generalizada. Depois de três dias de quedas fortes nas bolsas internacionais, os negócios estavam menos turbulentos nesta terça-feira (8), guiados por uma percepção de que os EUA poderiam avançar nas negociações com outros países sobre as tarifas. As principais bolsas da Ásia e da Europa chegaram a fechar em alta. Tudo foi por água abaixo quando foram confirmadas as tarifas ampliadas à China. As bolsas de Nova York fecharam em baixa, com o S&P 500 batendo abaixo de 5.000 pela primeira vez em quase um ano. Os índices de ações dos EUA viram sua capitalização encolher mais US$ 852 bilhões nesta terça. A perda acumulada já alcança US$ 10,8 trilhões desde 20 de janeiro, dia em que o presidente Donald Trump assumiu a Casa Branca, segundo dados compilados pela consultoria Elos Ayta. O tombo é puxado pelas sete gigantes da tecnologia: Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Alphabet (Google), Meta (Facebook) e Tesla. Juntas, as companhias perderam US$ 320 bilhões só nesta segunda. Desde janeiro, o grupo viu seu valor de mercado encolher US$ 4,55 trilhões. No Brasil, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda novamente, aos 123.932 pontos. Já o dólar chegou a bater os R$ 6, mas encerrou a R$ 5,9973.