Quem é Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul que declarou lei marcial no país
Eleito em 2022, o presidente sul-coreano é um novato na política, que ganhou atenção pública como promotor por suas investigações intransigentes sobre al...
Eleito em 2022, o presidente sul-coreano é um novato na política, que ganhou atenção pública como promotor por suas investigações intransigentes sobre alguns dos escândalos de corrupção mais notórios do país. Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante pronunciamento em novembro de 2024. Kim Hong-Ji/ Pool via AP Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante pronunciamento em novembro de 2024. Kim Hong-Ji/ Pool via AP Nesta terça-feira (3), o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou que estava impondo a lei marcial no país. Yoon acusou a oposição de estar se aliando à Coreia do Norte, com quem o país ainda está tecnicamente em guerra, para inviabilizar seu governo. Já a oposição, que tem maioria no Parlamento, afirmou que ele quer ampliar seus poderes. "Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestado pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre", disse em pronunciamento na TV. LEI MARCIAL: entenda o que é medida e por que foi decretada na Coreia do Sul Mas quem é Yoon? Eleito em 2022, o presidente sul-coreano é um novato na política, que ganhou atenção pública como promotor por suas investigações intransigentes sobre alguns dos escândalos de corrupção mais notórios do país. Depois de vencer uma eleição acirrada, com a margem mais estreita de todos os tempos, ele recuou de promessas mais controversas que fez na campanha eleitoral, como a abolição do Ministério da Igualdade de Gênero, mas manteve o discurso menos diplomático em relação aos vizinhos norte-coreanos. Nascido em Seul em 1960, Yoon estudou direito e desempenhou um papel fundamental na condenação da ex-presidente Park Geun-hye por abuso de poder. Como principal promotor do país em 2019, ele também indiciou um importante assessor do presidente Moon Jae-in por fraude e suborno em um caso que manchou a imagem íntegra do governo. Isso fez com que Yoon se tornasse "ícone" dos conservadores e chamasse a atenção do partido de oposição People Power, pelo qual saiu como candidato presidencial. LEIA TAMBÉM: Presidente da Coreia do Sul quer criar ministério para aumentar a taxa de natalidade Kim Jong-un ameaça destruir a Coreia do Sul com ataques nucleares se provocado Na época da eleição de Yoon, a agência de notícias Reuters listou alguns de seus posicionamentos durante a campanha; confira: Economia: declarou apoiar abordagens lideradas pelo mercado, incluindo a criação de empregos liderada pelo setor privado em vez de projetos governamentais. Ele prometeu cortar a burocracia para empresas e desregulamentar a indústria de ativos virtuais. Impostos: prometeu reduzir os ganhos de capital e os impostos sobre propriedade para aumentar as transações imobiliária e propôs aumentar o limite de imposto para investimentos em criptomoedas de 2,5 milhões de wons para 50 milhões de wons. Habitação: prometeu criar pelo menos 2,5 milhões de casas em seu mandato e criticou as regulamentações vigentes de propriedade, afirmando que elas deveriam ser flexibilizadas e orientadas por "princípios de mercado". Questões de gênero: afirmou que as políticas de gênero desempenharam um papel descomunal no ressurgimento dos conservadores, impulsionadas, em parte, pela reação dos jovens sul-coreanos contra o que eles veem como um feminismo descontrolado. Coreia do Norte: disse que ataques preventivos poderiam ser a única maneira de conter os novos mísseis hipersônicos da Coreia do Norte se eles parecerem prontos para um ataque iminente.