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Israel e Hezbollah trocam acusações de violação da trégua; Líbano é alvo de bombardeios

Autoridade libanesa acusa Israel de violar acordo de cessar-fogo mais de 50 vezes. Israel lançou ataque contra alvos do Hezbollah após extremistas atacarem po...

Israel e Hezbollah trocam acusações de violação da trégua; Líbano é alvo de bombardeios
Israel e Hezbollah trocam acusações de violação da trégua; Líbano é alvo de bombardeios (Foto: Reprodução)

Autoridade libanesa acusa Israel de violar acordo de cessar-fogo mais de 50 vezes. Israel lançou ataque contra alvos do Hezbollah após extremistas atacarem posição militar. Fumaça é vista no sul do Líbano durante acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, em 1º de dezembro de 2024 REUTERS/Stoyan Nenov Israel e Hezbollah se acusaram, nesta segunda-feira (2), de violar a trégua acordada após dois meses de guerra. O grupo extremista libanês reivindicou um ataque contra uma posição militar israelense, que prometeu responder. Mais tarde, Israel bombardeou alvos no Líbano. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O Hezbollah afirmou que atacou uma posição israelense nas "colinas ocupadas de Kfar Shouba", que o Líbano reclama como parte de seu território. O ataque foi "uma primeira resposta defensiva" à "violação" da trégua por parte de Israel, disse o grupo em comunicado. A resposta israelense veio durante a noite desta segunda-feira, pelo horário local. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que estavam atacando "alvos terroristas" no Líbano. Outros detalhes sobre a operação não foram divulgados. O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, aliado do Hezbollah, afirmou que Israel violou "pelo menos em 54 ocasiões" o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no dia 27 de novembro. Berri também fez um apelo ao comitê encarregado de monitorar a trégua, que inclui Estados Unidos e França, para "começar urgentemente suas ações e obrigar Israel a pôr fim às suas violações e a se retirar" do território libanês. Israel nega as acusações. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as ações do Hezbollah são uma "grave violação do cessar-fogo". Ele prometeu ainda uma resposta com "contundência". Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que o país está cumprindo com sua parte no acordo em resposta "às violações do Hezbollah que exigem uma ação imediata". LEIA TAMBÉM Vice das Filipinas ameaça presidente de morte, e deputados protocolam pedido de impeachment Hamas diz que 33 reféns morreram desde o início da guerra com Israel em Gaza VÍDEO: Debandada em estádio na Guiné após juiz marcar pênalti deixa 56 mortos Bombardeios em plena trégua Três dias após cessar-fogo, Israel ataca Hezbollah no Sul do Líbano Desde a entrada em vigor da trégua, vários bombardeios israelenses foram registrados no Líbano. O Hezbollah, até o momento, não havia anunciado nenhuma resposta. Um drone israelense foi direcionado nesta segunda-feira contra um posto do exército libanês em Hermel, uma região do vale de Bekaa, no leste do Líbano. A área fica muito distante da fronteira com Israel. O ataque deixou um ferido entre os militares, segundo o exército. Além disso, um homem morreu em um bombardeio israelense com drone no povoado de Maryayún, no sul do Líbano, informou o Ministério da Saúde. O acordo de cessar-fogo, promovido pelos Estados Unidos e França, colocou fim a dois meses de guerra aberta entre Israel e Hezbollah. O pacto prevê a retirada do exército israelense do Líbano em um prazo de 60 dias. Os soldados israelenses invadiram o sul do Líbano em 30 de setembro, uma semana depois de lançar uma campanha de bombardeios massivos contra o movimento islâmico libanês. O acordo também prevê que o Hezbollah se retire para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira, e desmantele sua infraestrutura militar no sul do Líbano. A formação libanesa abriu uma "frente de apoio" ao movimento islamista palestino Hamas após o ataque inédito contra o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, o qual desencadeou a guerra em Gaza. VÍDEOS: mais assistidos do g1