Dólar sobe e fecha em R$ 5,43, após encontro entre Trump e Zelensky e à espera de resposta do Brasil aos EUA
Trump recebe Zelensky para discutir guerra na Ucrânia O dólar fechou o primeiro pregão da semana em alta de 0,68%, cotado a R$ 5,4348. O Ibovespa, principal ...

Trump recebe Zelensky para discutir guerra na Ucrânia O dólar fechou o primeiro pregão da semana em alta de 0,68%, cotado a R$ 5,4348. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, encerrou com uma alta de 0,72%, aos 137.322 pontos. Investidores passaram o dia atentos aos desdobramentos do encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, e aliados europeus. A expectativa é que a conversa faça avançar as tratativas para o fim da guerra com a Rússia. (Entenda mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Já no cenário interno, os investidores aguardam o envio do documento do governo brasileiro em resposta à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos, a pedido de Trump. Em julho, o representante de Comércio dos EUA informou a abertura da investigação, solicitada por Trump. O processo misturou argumentos comerciais e políticos para justificar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, citando questões como desmatamento, o uso do PIX e até o comércio popular da rua 25 de Março. ▶️ Também nesta segunda-feira, Vladimir Putin telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma chamada de 30 minutos. Segundo o Palácio do Planalto, o presidente russo compartilhou informações sobre a reunião que teve na sexta-feira com Trump, a respeito da guerra entre Rússia e Ucrânia. ▶️ Na agenda de indicadores internos, o Banco Central divulgou na manhã desta segunda-feira o boletim Focus, com projeções de economistas para inflação, Produto Interno Bruto (PIB), Selic e câmbio. Pela primeira vez desde janeiro, o mercado reduziu a estimativa de inflação de 2025 para abaixo de 5%. Já o IBC-Br — indicador do Banco Central que funciona como prévia do PIB — apontou crescimento de 0,3% no segundo trimestre deste ano. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana:+0,68%; Acumulado do mês: -2,96%; Acumulado do ano: -12,05%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,72%; Acumulado do mês: +3,19%; Acumulado do ano: +14,17%. Brasil responde aos EUA Está previsto para esta segunda-feira o envio de um documento do governo brasileiro em resposta aos Estados Unidos, referente à investigação comercial aberta em julho pelo governo Trump contra o país. O documento de resposta está sendo preparado por um grupo de trabalho no Itamaraty, composto por diplomatas com experiência nos temas envolvidos pela investigação do Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR). Na defesa, os técnicos vão responder aos questionamentos levantados, como medidas de combate ao desmatamento, e argumentar de que o PIX não prejudica as empresas americanas. Trump se reúne com Zelensky Também nesta segunda-feira, Donald Trump recebeu em Washington o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — que foi acompanhado por sete líderes europeus. Em entrevista a jornalistas após o encontro, Trump firmou que acredita que um acordo para o final da guerra entre a Ucrânia e a Rússia pode sair ainda nesta segunda-feira (18), destacando que busca "o quanto antes" uma reunião trilateral com os líderes russo e ucraniano para alinhar os termos de um acordo. "Tivemos um dia de muito sucesso até o momento", afirmou Trump no início da reunião com os líderes europeus e Zelensky, sem dar mais detalhes. A reunião com Zelensky aconteceu apenas dois dias após o norte-americano se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca. Naquele momento, Trump também declarou ter visto “grande progresso” em direção ao fim da guerra. A reunião foi vista pelo mercado como um grande teste para medir até onde Trump está disposto a pressionar Zelensky e se a Ucrânia aceitará discutir pontos que até agora tratava como inegociáveis. Para Trump, a chance é de transformar uma promessa de campanha em triunfo diplomático. Para Zelensky, o risco é sair de Washington com menos apoio político e militar, caso se recuse a ceder. Boletim Focus e IBC-Br O boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostra que os analistas do mercado financeiro reduziram, pela primeira vez desde janeiro deste ano, a estimativa de inflação de 2025 para um valor abaixo de 5%. De acordo com analistas, o tarifaço implementado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros está ajudando neste movimento —pois tende a conter a atividade e gerar um impacto baixista na inflação deste ano. ➡️ A estimativa de inflação para 2025 caiu de 5,05% para 4,95%, ainda bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. ➡️ A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu em 2,21%. ➡️ Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. ➡️ Sobre o dólar, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,60. ➡️ A projeção para a balança comercial é de superávit da balança comercial em 2025 foi mantida estável em US$ 65 bilhões. ➡️ Já a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Já o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 0,3% no segundo trimestre deste ano. O dado mostra forte desaceleração da economia. Isso porque, no primeiro trimestre deste ano, o IBC-BR teve uma expansão bem maior: de 1,5%. Bolsas globais As ações europeias tiveram pouca movimentação nesta segunda-feira, antes de reuniões de líderes da Ucrânia e europeus com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após uma cúpula entre a Rússia e os EUA que terminou sem um acordo imediato. O destaque positivo do dia ficou com Lisboa, onde o índice PSI20 avançou 1,28%, alcançando 7.880,25 pontos. Em Londres, o índice Financial Times também registrou alta, com ganho de 0,21%, a 9.157,74 pontos. Já entre as quedas, Paris liderou as perdas: o CAC-40 recuou 0,50%, para 7.884,05 pontos. Em seguida vieram Frankfurt, onde o DAX cedeu 0,18%, a 24.314,77 pontos, e Madri, com baixa de 0,17% do Ibex-35, a 15.251,70 pontos. Na Ásia, as ações da China fecharam em seu nível mais alto desde 2015 nesta segunda-feira, ampliando os ganhos de meses em meio ao alívio das tensões comerciais e pela abundância de liquidez, ao mesmo tempo em que levaram a capitalização de mercado a um pico recorde. No fechamento, o índice de Xangai teve alta de 0,85%, atingindo o nível de fechamento mais alto desde agosto de 2015. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,88%, atingindo um pico de dez meses, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,37%. Dólar freepik *Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte da Reprodução:
https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/08/18/dolar-ibovespa.ghtml