China proíbe entrega de jatos da Boeing em reação ao tarifaço dos EUA
Pequim também pediu que as transportadoras chinesas suspendam as compras de peças de aeronaves de empresas americanas; ações da Boeing caíram 3% no pré-me...

Pequim também pediu que as transportadoras chinesas suspendam as compras de peças de aeronaves de empresas americanas; ações da Boeing caíram 3% no pré-mercado. Aeronaves Boeing 737 MAX em fábrica da Boeing em Washington em imagem de 2019 Lindsey Wasson/Arquivo/Reuters A China ordenou que suas companhias aéreas não recebam mais entregas de jatos da Boeing em resposta à decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de 145% sobre produtos chineses, noticiou a Bloomberg News nesta terça-feira (15). Pequim também pediu que as transportadoras chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas, segundo a reportagem, o que deve aumentar os custos de manutenção dos jatos que voam no país. O governo chinês também está considerando maneiras de ajudar as companhias aéreas que alugam jatos da Boeing e estão enfrentando custos mais altos devido ao tarifaço, ainda conforme a Bloomberg. As ações da Boeing — que vê a China como um dos seus maiores mercados em crescimento e onde a rival Airbus detém uma posição dominante — caíram 3% no pré-mercado de hoje. As ações da Airbus subiram 1%. As três principais companhias aéreas da China — Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines — planejavam receber 45, 53 e 81 aviões da Boeing , respectivamente, até 2027. Agora, a interrupção representa mais um revés para a fabricante de aviões, que ainda se recupera de uma greve trabalhista no ano passado. A empresa também perdeu mais um terço de seu valor desde a explosão da porta de uma aeronave durante um voo em janeiro. A Boeing não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. Guerra tarifária EUA x China: a escalada de tarifas Arte g1 A decisão da China sobre a Boeing está em linha com a sua decisão da semana passada de aumentar os impostos sobre as importações dos EUA para 125%, em retaliação às tarifas americanas. A medida aumentaria significativamente o custo dos jatos da Boeing entregues às companhias aéreas chinesas, o que as levaria a considerar alternativas como a Airbus e a empresa doméstica COMAC, explicou a Reuters. As crescentes tarifas retaliatórias entre as duas maiores economias do mundo correm o risco de paralisar o comércio de bens entre os dois países, segundo analistas, que foi avaliado em mais de US$ 650 bilhões em 2024. EUA x China, lance a lance: entenda a escalada de tarifas que mudou a economia global em poucos dias Bolsas respiram e sobem, depois de Trump suspender tarifas contra celulares e laptops