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Bernard Arnault perde US$ 11,3 bilhões em um dia, após piora dos resultados da LVMH

Receitas do conglomerado vieram abaixo do esperado no 1º trimestre. Queda das ações fez a LVMH perder o posto de maior empresa de luxo da Europa em valor de ...

Bernard Arnault perde US$ 11,3 bilhões em um dia, após piora dos resultados da LVMH
Bernard Arnault perde US$ 11,3 bilhões em um dia, após piora dos resultados da LVMH (Foto: Reprodução)

Receitas do conglomerado vieram abaixo do esperado no 1º trimestre. Queda das ações fez a LVMH perder o posto de maior empresa de luxo da Europa em valor de mercado para a rival Hermès. Bernard Arnault, presidente da Louis Vuitton, durante apresentação dos resultados da empresa, em Paris. Reuters/Stephanie Lecocq Bernard Arnault, dono da holding de marcas de luxo LVMH, viu sua fortuna cair US$ 11,3 bilhões (R$ 66,5 bilhões) nesta terça-feira (15), segundo a revista Forbes. A perda é resultado do pessimismo de investidores, que não gostaram dos resultados da empresa no primeiro trimestre de 2025. As ações da LVMH caíram quase 8% nesta terça, por conta das receitas abaixo do esperado. Com as perdas, a fortuna de Arnault caiu para US$ 146,4 bilhões, segundo a Forbes. Ainda assim, ele é o sexto homem mais rico do mundo, atrás de figuras como Elon Musk (US$ 369,7 bilhões), Jeff Bezos (US$ 196,3 bilhões) e Mark Zuckerberg (US$ 180,2 bilhões). O recuo da LVMH fez o valor de mercado da empresa recuar de 248 bilhões de euros para 244 bilhões de euros. A companhia — dona da Louis Vuitton, Dior e Sephora — perdeu o posto de maior empresa de luxo da Europa em valor de mercado. A líder agora é a rival Hermès, com sede também em Paris, na França. Bernard Arnault: quem é e de onde vem a fortuna do homem mais rico do mundo LEIA MAIS Lista de bilionários da Forbes tem 288 novatos em 2025 Lista de bilionários da Forbes tem 55 brasileiros Famosos e bilionários: veja as celebridades mais ricas do mundo, segundo a Forbes Os resultados da LVMH A queda nas receitas da LVMH foi influenciada por fatores como a baixa demanda nos Estados Unidos e o cenário contínuo de vendas fracas na China. Embora as avaliações de mercado tendam a flutuar, as negociações desta terça-feira "refletem o desempenho divergente e o sentimento dos investidores em relação às duas empresas", disse Jelena Sokolova, analista sênior de ações da Morningstar, à agência Reuters. Sokolova destaca que a LVMH está mais exposta à camada inferior do espectro de luxo. Enquanto isso, a base de clientes da Hermès, que possui um poder aquisitivo ainda maior, permitiu que a empresa resistisse melhor à desaceleração do setor. A Hermès, que vende bolsas Birkin e Kelly de US$ 10.000 (R$ 58.701, sem contar os custos de importação), é conhecida por seu controle rígido da produção, mantendo um aumento de 6% a 7% ao ano. Flavio Cereda, responsável pela estratégia de investimento em marcas de luxo da GAM, considera que o foco da Louis Vuitton em produtos de luxo de médio valor é uma "área de preocupação". Para ele, haverá "dor no curto prazo, com certeza". A queda de 3% nas vendas da LVMH no primeiro trimestre — abaixo das expectativas dos analistas, que previam uma alta de 2% — apontou para outro ano difícil para as empresas de luxo, especialmente em meio ao tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, que provocou temores de recessão. O desempenho sinalizou "um ambiente comercial mais difícil para o setor de luxo em geral", disse à Reuters o analista Piral Dadhania, do RBC. Ele reduziu sua previsão de vendas da LVMH este ano para a estabilidade, em comparação com o crescimento de 3% esperado anteriormente, citando a demanda fraca do primeiro trimestre.