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Argentina recebe 1ª parcela de acordo de US$ 20 bilhões com FMI

O empréstimo, que ainda precisa do aval do conselho do Fundo, permitirá uma 'moeda mais saudável', além de uma 'melhora no processo de desinflação', afirm...

Argentina recebe 1ª parcela de acordo de US$ 20 bilhões com FMI
Argentina recebe 1ª parcela de acordo de US$ 20 bilhões com FMI (Foto: Reprodução)

O empréstimo, que ainda precisa do aval do conselho do Fundo, permitirá uma 'moeda mais saudável', além de uma 'melhora no processo de desinflação', afirmou o ministro da Economia do país, Luis Caputo. A Argentina recebeu US$ 12 bilhões (R$ 70 bilhões), do Fundo Monetário Internacional (FMI). A quantia correspondente à primeira parcela acordo mais recente com a instituição. O desembolso representa um voto de confiança no programa econômico do presidente argentino, Javier Milei. As ajudas do FMI e de outros órgãos multilaterais ao país somam US$ 42 bilhões (R$ 246,5 bilhões). A finalidade do empréstimo é reforçar as reservas do Banco Central argentino, que se aproximam, agora, de US$ 37 bilhões (R$ 217 bilhões). O desembolso chega um dia após o governo argentino levantar o controle cambial, que vigorava há seis anos. O empréstimo Casa Rosada, na Argentina Rafael Leal/g1 O governo argentino anunciou nesta sexta-feira (11) que alcançou um acordo de US$ 20 bilhões (R$ 117,5 bilhões) com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Informou também que irá flexibilizar os controles cambiais, com um esquema de flutuação administrada para o valor do dólar. O empréstimo permite a "recapitalização do Banco Central para ter uma moeda mais saudável e continuar o processo de desinflação", disse o ministro da Economia, Luis Caputo, em coletiva de imprensa. "É isso que nos permitirá, a partir de segunda-feira (14), acabar com o cepo cambial [controle de divisas] que tanto dano causou", acrescentou. O dólar "poderá flutuar dentro de uma banda móvel entre 1.000 e 1.400 pesos, cujos limites serão ampliados a um ritmo de 1% ao mês", detalhou o Banco Central em um comunicado. Com isso, segundo o BC argentino, é possível: eliminar o dólar diferencial para exportadores; retirar as restrições cambiais para pessoas físicas [não jurídicas]; permitir a distribuição de lucros a acionistas estrangeiros a partir dos exercícios financeiros iniciados em 2025; e flexibilizar os prazos para o pagamento de operações de comércio exterior. PIB da Argentina tem queda de 1,7% em 2024, primeiro ano de Javier Milei Do total do empréstimo, o FMI desembolsará US$ 15 bilhões (R$ 88 bilhões) para livre disponibilidade em 2025. O ministro Caputo havia manifestado o desejo de que o Fundo liberasse um desembolso inicial superior a 40% do acordo, para pagar obrigações com o próprio FMI e fortalecer as reservas do Banco Central em meio a uma corrida contra o peso. Em meio às turbulências financeiras internacionais provocadas pela política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é esperada na segunda-feira a visita a Buenos Aires do secretário do Tesouro Scott K.H. Bessent. O secretário viaja ao país sul-americano para oferecer seu "apoio total às audaciosas reformas econômicas da Argentina", informou um comunicado de sua pasta.